segunda-feira, 17 de março de 2014

She



Ela não sabe. Ainda não sabe.
Talvez nunca saiba.
A sucessão de fatos e acontecimentos durante toda sua vida tornou-a um pouco arredia e incrédula no que diz respeito a planos, decisões e confiança.
Confiar. 
O que é confiar? Como confiar? Como será? O que será? O que pode vir a acontecer?
Que é a vida se não várias etapas a serem concluídas, vencidas, empatadas ou perdidas? 
É esse medo de não saber o pode acontecer que faz com que ela acabe por sufocar-se em meio aos devaneios.
O medo existe e é evidente.
Ela teme os riscos, as decisões, os caminhos que possam ser precipitados.
Mas, novamente: a vida é um livro em branco esperando por preenchimento, sem aviso prévio de erros ou de futuros tombos.

E algo dentro dela grita:
- Vai, menina! Põe teu rosto de sorriso, solta o cabelo e joga a vida.


[...]

"P.S.: Te escrevo, enfim, me ocorre agora, porque nem você nem eu somos descartáveis. E amanhã tem sol." 
(Caio F.)